Empresas na COP: insights, experiências e preparação
- GSS
- 21 de jul.
- 3 min de leitura

Reunimos especialistas para um encontro voltado a empresas que desejam preparar sua participação na COP30, que será realizada em Belém (PA), Brasil, entre 10 e 21 de novembro de 2025. O objetivo: oferecer um panorama estratégico, da compreensão histórica das conferências à prática de posicionamento legítimo, com cases reais e recomendações concretas.
Panorama histórico e pilares da COP
Priscila Alcântara apresentou a evolução das COPs, desde o IPCC (1988) e a criação da UNFCCC (1992) até o Protocolo de Quioto e o Acordo de Paris. Ela destacou os pilares da UNFCCC — mitigação, adaptação, meios de implementação, financiamento e tecnologia — e os principais entregáveis esperados antes da COP30, como a submissão de NDCs mais ambiciosas até setembro e um roadmap de financiamento para o Sul Global.
Ainda, temas estratégicos para 2025 foram destacados: indicadores de adaptação mais rigorosos, transição energética justa, avanço do Artigo 6 (mercado de carbono), bioeconomia e floresta — com atenção ao Tropical Forest Forever Facility proposto por o governo brasileiro como mecanismo de financiamento multilateral para conservação de biomas tropicais.
Estruturação da preparação corporativa
Apresentamos em primeira mão o Guia Empresarial GSS para COP, desenvolvido para orientar empresas em sua jornada rumo à COP30 em três módulos interconectados:
Letramento climático e histórico: esclarecimento de siglas, tendências e lógica das negociações da UNFCCC até o Acordo de Paris.
Articulação e posicionamento estratégico: oportunidades empresariais em fóruns como o SBCOP da CNI, benchmarks setoriais e influências em pautas relevantes.
Operacionalização e personalização: orientações práticas adaptáveis à realidade de cada empresa, desde logística até narrativa e alianças estratégicas.
Cases e aprendizados práticos
Giovanna Cappellano Halberstadt, Head de ESG no Grupo Sabará, compartilhou como essa empresa familiar de sete décadas se posicionou estrategicamente nas COPs: adotando metas internas alinhadas ao SBTi e se preparando para a estrutura TNFD. Essa postura fortaleceu sua reputação e atraiu parceiros interessados em colaboração para conservação. O engajamento impactou visibilidade e credibilidade corporativa.
Flávia Teixeira, Gerente de Meio Ambiente, RSC e Transição Energética da ENGIE Brasil, relatou a atuação em uma grande geradora 100% renovável. Ela ressaltou a importância de construir uma defesa técnica sólida para evitar riscos de greenwashing, além de reforçar que narrativa clara e base técnica são essenciais para consolidar a legitimidade corporativa na agenda climática.
Recomendações-chave para empresas
Foco no que é material: concentre-se nos temas centrais da sua atuação — seja água, biodiversidade ou energia.
Engajamento efetivo da liderança: sensibilize CEOs e conselhos para riscos e oportunidades, fortalecendo credibilidade e rede de relacionamentos.
Planejamento logístico antecipado: defina escopo de participação, considerando credenciamento, hospedagem e estrutura in loco.
Construção de legado e conteúdo: registre os aprendizados em relatórios pós-COP e transforme insights em ações contínuas.
Fica claro que a COP30 representa uma oportunidade rara para empresas não apenas demonstrarem compromissos ambientais, mas também reforçarem sua reputação e influenciarem positivamente as negociações globais. Aplicando os aprendizados deste bate‑papo — desde a compreensão histórica até a estruturação operacional — sua organização estará preparada para deixar uma marca genuína na agenda climática.
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O momento é agora. O legado é para sempre.
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