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Ingredientes cosméticos e biodiversidade brasileira: origens, classificações e uso sustentável de matérias-primas

  • Foto do escritor: Lívia Soster Mendes
    Lívia Soster Mendes
  • 2 de out.
  • 3 min de leitura
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O setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (HPPC) é um dos mais dinâmicos da economia global, sempre em crescimento e em constante inovação. Em 2024, o Brasil se destacou como o quarto país que mais lançou produtos de HPPC no mundo e hoje ocupa a terceira posição entre os maiores mercados consumidores.


Segundo a definição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes são “preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e/ou corrigir odores corporais e/ou protegê-los ou mantê-los em bom estado”.


Essas substâncias, chamadas de ingredientes cosméticos, podem cumprir diversas funções em uma formulação, que vão desde a conservação e o cuidado com as partes do corpo até a fragrância e a estética do produto.


Ingredientes naturais, sintéticos e biotecnológicos


Na prática, a classificação de ingredientes vai muito além do simples “natural” ou “sintético”.


Alguns exemplos ajudam a ilustrar:

  • Minerais como mica, sílica e talco são de ocorrência natural e podem estar presentes na formulação cosmética.

  • Já os silicones são matérias-primas obtidas apenas por processos sintéticos.

  • Há também as substâncias de origem biológica, que passam por processos físicos e/ou químicos para se tornarem ingredientes cosméticos.


As espécies vegetais fornecem compostos bioativos valiosos. A pesquisa sobre esses compostos é essencial para entender suas propriedades e aplicações em formulações cosméticas.


Substâncias derivadas de espécies animais, como a cera de abelha ou a lanolina, também apresentam aplicações em formulações. 


Outra tendência crescente é o uso de processos biotecnológicos com microrganismos, capazes de produzir ingredientes como o ácido hialurônico e a goma xantana.


Biodiversidade brasileira como motor de inovação


A biodiversidade do Brasil é uma fonte riquíssima para inovação no setor cosmético. Mas o uso sustentável desses recursos depende do cumprimento das normas da Lei 13.123/2015, conhecida como Lei da Biodiversidade Brasileira.


Essa legislação define “patrimônio genético” como a “informação de origem genética de espécies vegetais, animais, microbianas ou espécies de outra natureza, incluindo substâncias oriundas do metabolismo destes seres vivos”.


Ou seja, ciência, tecnologia e inovação no setor cosmético passam diretamente pelo olhar atento à natureza e ao uso responsável dos recursos biológicos.


A atuação da GSS no setor cosmético


Para apoiar o uso sustentável da biodiversidade brasileira e assegurar o cumprimento das obrigações legais, a GSS oferece soluções especializadas para empresas de matérias-primas e produtos acabados do setor cosmético - e também de outros segmentos industriais.


Um dos principais serviços é a avaliação de risco de portfólio de matérias-primas e produtos. Nessa análise, a GSS identifica quais matérias-primas têm origem biológica e incluem espécies da biodiversidade brasileira.


Para realizar esse trabalho, a GSS mantém:

  • Um estudo detalhado sobre a origem e os processos produtivos de centenas de matérias-primas disponíveis no mercado.

  • Um banco de espécies nativas e exóticas do Brasil, com informações sobre os centros de origem das espécies.


A partir da identificação de matérias-primas com biodiversidade brasileira, as etapas seguintes envolvem analisar os produtos que as contêm e definir as obrigações legais correspondentes, em conformidade com a Lei 13.123/2015, sempre em articulação com o time de Compliance da GSS.


Fontes:

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