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Por que o inventário de emissões é essencial para os negócios

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    GSS
  • 20 de jun.
  • 6 min de leitura

A crise climática representa hoje um dos maiores riscos à continuidade e competitividade das organizações, impactando desde a volatilidade nos preços de insumos até a reputação perante clientes, investidores e órgãos reguladores. Estudos e práticas de mercado confirmam que o risco climático lidera a lista de ameaças aos negócios, exigindo ações proativas em gestão climática e descarbonização. Nesse cenário, o inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE) surge como ponto de partida obrigatório para qualquer estratégia de mitigação e adaptação, com o objetivo de garantir resiliência, transparência e melhor desempenho no longo prazo.


O que é o inventário de emissões de GEE e sua importância


O inventário de emissões de GEE é um levantamento sistemático e quantificado das emissões diretas e indiretas geradas pelas atividades de uma organização. Ele permite mapear detalhadamente as fontes emissoras e serve de base para definir metas e ações de redução. Esse processo segue diretrizes reconhecidas internacionalmente, como as diretrizes de 2006 do IPCC para inventários nacionais de GEE e os padrões do GHG Protocol para empresas. Além de apoiar a definição de estratégias de mitigação, o inventário promove maior transparência junto aos stakeholders e assegura o cumprimento de exigências regulatórias e voluntárias, como relatórios ao CDP e à Science Based Targets initiative (SBTi).


Principais etapas do inventário de GEE


A elaboração de um inventário de GEE eficaz segue, em geral, uma metodologia estruturada em fases, que garantem rigor, confiabilidade e capacidade de comparação:


  • Sensibilização e mobilização

Nesta etapa inicial, envolve-se ativamente os colaboradores por meio de ações que destaquem a relevância da gestão de emissões para a organização. Define-se de forma clara os objetivos do inventário, delimitando seu escopo organizacional e estabelecendo os limites das atividades a serem avaliadas. Para assegurar adesão e compreensão, a comunicação interna reforça continuamente a importância do processo, mostrando como cada área e cada pessoa contribuem para a estratégia climática.

Essa fase segue boas práticas recomendadas por iniciativas como o GHG Protocol, que ressaltam a necessidade de governança e apoio interno antes de iniciar a coleta de dados.


  • Coleta e análise de dados

Com o inventário em andamento, inicia-se o mapeamento detalhado das fontes de emissão nos escopos 1, 2 e 3, identificando onde as atividades da empresa geram gases de efeito estufa direta e indiretamente. Coletam-se dados primários, como consumo de combustíveis e registros de energia, e complementam-se com dados secundários, usando fatores de emissão padronizados quando necessário. Avalia-se a qualidade dessas informações aplicando critérios de completude, consistência, exatidão, transparência e comparabilidade (TACCC), assegurando a confiabilidade dos resultados.

A metodologia de coleta detalhada e a avaliação de qualidade são componentes centrais conforme as diretrizes do IPCC e o GHG Protocol Corporate Standard.


  • Cálculo e agrupamento das emissões

A partir dos dados coletados, aplicam-se fatores de emissão reconhecidos nacionalmente (por exemplo, os do Inventário Nacional de GEE do Brasil) e internacionalmente (como os do IPCC) para quantificar cada fonte. Ferramentas e softwares especializados facilitam esses cálculos, organizam as bases de dados e garantem rastreabilidade e eficiência. Ao final, geram-se relatórios preliminares que permitem uma verificação interna inicial, identificando possíveis ajustes antes da validação formal.

Soluções alinhadas ao GHG Protocol costumam oferecer módulos específicos que facilitam o cálculo e documentam as premissas usadas.


  • Elaboração e entrega do relatório final

No relatório final, apresentam-se os resultados de forma clara e visual, destacando as principais fontes de emissão, tendências observadas e comparativos relevantes. Incluem-se recomendações de melhorias e ações prioritárias de mitigação, detalhando como implementá-las na prática. Também podem ser definidos indicadores-chave de desempenho (KPIs) para monitorar o progresso ao longo do tempo, garantindo que a organização acompanhe a evolução das emissões e ajuste sua estratégia conforme novas demandas ou aprendizados.


A comunicação transparente dos resultados é fundamental para engajar stakeholders e embasar decisões estratégicas, conforme orientações do GHG Protocol e boas práticas de reporte climático.


Entendendo os escopos de emissão: escopo 1, 2 e 3


  • Escopo 1 (emissões diretas): emissões provenientes de fontes que a empresa possui ou controla diretamente, como queima de combustíveis em caldeiras, frotas próprias e emissões fugitivas em processos industriais.

  • Escopo 2 (emissões indiretas de energia): emissões associadas à geração de energia adquirida (eletricidade, vapor, calor ou frio) consumida pela empresa, tipicamente oriundas de fornecedores de energia. No Brasil, está geralmente ligado ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

  • Escopo 3 (outras emissões indiretas na cadeia de valor): inclui todas as outras emissões indiretas que ocorrem na cadeia de valor da empresa, tanto upstream (aquisição de matérias-primas, transporte de insumos, viagens de funcionários) quanto downstream (uso de produtos, descarte, logística de distribuição, investimentos).


O escopo 3 costuma representar a maior parcela das emissões totais para muitas organizações e exige engajamento de fornecedores e parceiros, além da coleta e estimativas de dados complexos. Mesmo com incertezas, o levantamento de escopo 3 revela “hotspots” de emissões na cadeia e orienta ações de maior impacto. O GHG Protocol estabelece metodologias específicas para quantificar o escopo 3, enfatizando a priorização de categorias relevantes e o uso de dados de fontes variadas, conforme o Corporate Value Chain (Scope 3) Standard.


Pegada de carbono de produtos e serviços


Além do inventário corporativo, a pegada de carbono de produtos ou serviços detalha as emissões associadas a todo o ciclo de vida: desde a extração de matéria-prima até o fim de vida, passando por fabricação, transporte, uso e descarte. O GHG Protocol Product Life Cycle Accounting and Reporting Standard fornece diretrizes para quantificar de forma padronizada a pegada de carbono de produtos, permitindo identificar oportunidades de design mais sustentável e reduzir custos ligados a processos intensivos em carbono.


Benefícios:

  • Atendimento a demandas de clientes por informações sobre impactos ambientais de produtos.

  • Identificação de gargalos e oportunidades de inovação em cadeias de suprimento.

  • Suporte a marketing sustentável, conferindo vantagem competitiva ao destacar produtos com menor pegada.

  • Integração ao inventário corporativo: dados de pegada de produtos podem alimentar o cálculo de escopo 3, oferecendo estimativas mais precisas para categorias como “uso de produtos vendidos” ou “processamento de produtos vendidos”.


Plano de descarbonização: da meta à implementação


A elaboração de um plano de descarbonização começa com a definição de metas alinhadas a frameworks científicos, como a Science Based Targets initiative (SBTi), que orienta empresas a estabelecer objetivos compatíveis com a limitação do aquecimento global a 1,5–2 °C. Isso confere maior credibilidade e atrai investimentos voltados a critérios ESG. A seguir, identificam-se oportunidades de redução de emissões, construindo uma curva de abatimento que priorize medidas de menor custo e maior impacto. Em paralelo, projeta-se o cronograma de investimentos em tecnologias limpas, eficiência energética e aquisição de energia renovável ou de créditos de carbono.

A governança envolve a criação de comitês internos que monitorem KPIs, revisem progressos e ajustem estratégias conforme os resultados. A comunicação com stakeholders motiva colaboradores, fornecedores e clientes a colaborar na jornada de descarbonização.


Gestão climática como processo contínuo


O inventário e o plano de descarbonização integram uma gestão climática contínua, que inclui atualização regular do inventário para verificar a evolução das emissões e a eficácia das ações implementadas. Realizam-se análises de riscos e oportunidades climáticas sob diferentes cenários (impactos físicos e de transição), identificando vulnerabilidades operacionais e potenciais novos mercados, como serviços ambientais e soluções verdes. A preparação de relatórios de sustentabilidade alinhados a padrões internacionais e treinamentos para colaboradores e fornecedores consolida a cultura interna de baixo carbono. Paralelamente, explora-se o mercado de créditos de carbono com foco em integridade ambiental e benefícios de longo prazo, preparando a organização para diferentes condições de mercado e regulatórias.


Empresas que incorporam a gestão climática de forma integrada relatam maior resiliência a choques de mercado e melhor atração de investimentos ESG.


Por que escolher a GSS como sua parceira estratégica?


Ao escolher a GSS para elaborar o inventário de emissões de GEE e apoiar toda a jornada de gestão climática, sua empresa se beneficia de mais de 15 anos de experiência em projetos nacionais e internacionais, com metodologia estruturada, abordagem multidisciplinar e aplicação das melhores práticas reconhecidas pelo GHG Protocol, ISO 14064-1 e diretrizes do IPCC. Nossa equipe assegura resultados confiáveis e comparáveis, entregando relatórios claros, visuais e orientados a ações pragmáticas, além de apoiar no engajamento de fornecedores para levantamento de escopo 3 e na elaboração de planos de descarbonização baseados em metas científicas. A transparência gerada fortalece a imagem da empresa perante clientes, investidores e reguladores, ao mesmo tempo em que abre caminho para inovações que reduzem custos e agregam valor.


O inventário de emissões de GEE é o ponto de partida para qualquer organização que deseja trilhar o caminho da sustentabilidade, mitigar riscos climáticos e captar oportunidades de inovação e diferenciação. Com os dados do inventário, é possível elaborar uma pegada de carbono robusta, priorizar ações de redução (incluindo escopo 3), desenvolver um plano de descarbonização baseado em ciência e implementar uma gestão climática contínua e integrada.


Na GSS, estamos prontos para apoiá-lo em cada etapa dessa jornada: desde a mobilização interna até a entrega de relatórios finais e suporte em iniciativas de reporte e definição de metas científicas. Com nosso know-how de mais de uma década e equipe multidisciplinar, transformamos dados em estratégias que geram resultados reais e melhoram seu posicionamento no mercado.


Não deixe para depois: proteja seu negócio contra riscos climáticos, aumente sua eficiência e fortaleça sua marca. Solicite agora mesmo um orçamento personalizado para o inventário de emissões de GEE e descubra como a GSS pode ser sua parceira estratégica na construção de um futuro de baixo carbono e alto valor agregado.


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