O reporte sobre mudanças climáticas é essencial para promover a transparência e a responsabilidade corporativa, ajudando empresas e organizações a divulgar suas práticas e impactos ambientais. Entre os principais métodos de reporte, o CDP e o IFRS S2 se destacam. O CDP é uma plataforma global que mapeia a gestão climática das empresas, abordando aspectos como riscos e oportunidades, governança, metas e cadeia de valor. Em 2024, o CDP integrou os questionários de carbono, água e floresta, e apresentou novos módulos para biodiversidade e plástico. Recentemente, o CDP alinhou suas práticas com o IFRS S2, uma norma da International Financial Reporting Standards (IFRS) que visa integrar informações climáticas nas demonstrações financeiras. Enquanto as normas IFRS já são obrigatórias para empresas listadas em várias jurisdições, incluindo o Brasil desde 2010, o IFRS S2 é voluntário a partir de 2024 e se tornará obrigatório no Brasil a partir de 2026.
Além do CDP e do IFRS S2, outras iniciativas desempenham papéis importantes no reporte ambiental. O Dow Jones Sustainability Index (DJSI) avalia a sustentabilidade corporativa com base em critérios econômicos, ambientais e sociais, oferecendo uma visão abrangente da performance das empresas em práticas sustentáveis. O DJSI incentiva uma competição saudável entre empresas para melhorar continuamente suas abordagens de sustentabilidade, promovendo a responsabilidade corporativa. Já o Sustainability Accounting Standards Board (SASB) estabelece padrões específicos para diferentes setores, facilitando a comunicação de informações financeiras relacionadas ao clima, essencial para investidores que desejam entender os riscos e oportunidades ambientais que podem impactar a valorização das empresas no longo prazo.
No Brasil, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), criado pela B3, é um dos principais indicadores de práticas ESG (ambientais, sociais e de governança). Utilizando o scoring do questionário de carbono do CDP como um dos critérios para sua pontuação, o ISE avalia as empresas brasileiras com base em suas práticas ambientais, sociais e de governança, promovendo as melhores práticas de sustentabilidade no mercado financeiro brasileiro. Outro índice relevante é o Índice Carbono Eficiente (ICO2), também criado pela B3, que inclui empresas comprometidas com a medição, divulgação e redução de suas emissões de gases de efeito estufa. O ICO2 incentiva uma economia de baixo carbono, destacando empresas que adotam práticas responsáveis e inovadoras para minimizar seu impacto ambiental.
Em um cenário crescente de conscientização e regulamentação ambiental, a adesão a essas práticas de reporte não é apenas uma questão de conformidade, mas uma oportunidade para destacar o compromisso com a sustentabilidade. As empresas que ainda não iniciaram o processo de reporte devem considerar a implementação desses métodos para não apenas atender às exigências regulatórias, mas também para demonstrar proatividade e liderança em práticas ambientais responsáveis.
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Redação: Maria Fernanda Celli Schiochet, especialista em Mudanças Climáticas
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